segunda-feira, 21 de abril de 2014

Earth and Oribus: Love and war Capitulo 6

Mais tarde consegui-me acalmar e consegui parar de chorar.
-Como é que vocês vieram para aqui?
-Nós já estávamos aqui, eles chegaram durante uma noite e apanharam-nos. Tentamos fugir mas não conseguimos.
-Eles mataram alguém? – Perguntei, a mulher por momentos não disse nada e desviou o olhar mas acabou por falar.
-Não, eles soltaram alguns porque disseram que não tinham o vírus e nós temos. – Este vírus faz-me confusão. Ainda não percebi o que eles querem dizer com este vírus que não faz sentido nenhum.
-Eles mantêm-vos aqui sem nada? – Voltei a perguntar.
A mulher que estava um pouco longe dali falou.
-Há um que ás vezes trás comida e água. – Ouvimos um barulho e uns entraram, são cinco estão todos vestidos de preto, do pescoço aos pés.
Ouve um que me chamou a atenção.
Ele está vestido de preto o que realça os seus cabelos claros e olhos verdes, tem uma pele ligeiramente clara, é muito alto e bem constituído.
Ele tem um rosto muito bonito, uns olhos cativantes mas não tem expressão nenhuma. Ele não tem o rosto cruel e rude como os outros mas também não é mau.
Os seus olhos passaram por todo o lado e olharam para mim, eu encolhi-me e senti-me vulnerável, encostei as pernas ao peito e rodeei-os com os meus braços.
Ele não tirou logo os olhos de cima de mim até que um dos seus o chamou.
-Josh aqui. – Ele afastou-se, ficaram os outros três a olharem por nós.
Alguém espirrou e olharam logo apontando as armas.
-O que foi isso? – Perguntou um, mas ninguém respondeu.
Ele não gostou, aproximou-se do rapaz a passos largos.
-Eu disse: O que foi isso? – O rapaz encolheu-se de medo, foi eu quem falou destemidamente. Para quê vergonha nesta altura do “campeonato”?
-Foi um espirro. – O oribiano veio ao pé de mim.
-Armada em engraçadinha? – Os seus olhos são cinzentos e há ódio à volta deles, eu baixei os olhos para os meus pés e não disse mais nada.
Ele levantou-se e foi para o pé do outro.
Os outros voltaram.
-Temos fome comandante. – Disse um. O suposto comandante, também muito alto sorriu e falou.
-Vão comer. Josh tu ficas aqui a vigiar esta gente. – Saíram, o louro ficou ali a olhar para nós.
Da porta veio um cheiro a comida, parece ser galinha. Eu estou cheia de fome mas tenho um nó no estômago de medo. Aposto que esta gente está com fome e ninguém lhes dá nada.
-Vocês não vão dar comida a nós? – Perguntei, o oribiano de olhos verdes olhou para mim.
Há algo de cativante e perigoso ao meus tempo nele que me deixa intrigada e assustada, não consigo perceber se ele está com raiva, zangado ou feliz.
Ele saiu, fechou a porta. Pensei que não fosse voltar pelo tempo que demorou mas voltou com um saco e tirou umas sandwiches.
-Bom apetite. – Disse, atirando o saco para o meio do chão.
A mulher que me amparou à bocado puxou o saco e tirou umas sandwiches e distribuiu por toda a gente.
Começamos a comer, a menina ao meu lado num instante devorou a sandwich, enquanto eu só dei uma dentada.
Ela olhou para a minha sandwich, eu sorri-lhe.
-Ainda tens fome? – Perguntei, ela por momentos ficou sem dizer nada mas com custo acenou com a cabeça. Eu fiquei com pena e dei-lhe a minha.
Eu mesmo não consigo comer, olhei para a minha frente e vi o rapaz oribiano a olhar para mim.
Eu tive que baixar a cabeça.
Passou-se um bocado de tempo e ele continua no mesmo sitio a olhar muita vez para mim. Será se ele está com uma ideia de fazer-me mal? Tenho medo só de pensar nisso.
Os outros apareceram e ele saiu. O suposto comandante sorriu-nos, foi para a porta e lançou-nos um sorriso cruel.
-Bons sonhos. – E fechou a porta.
Ficamos de novo sozinhos, olhamos-nos uns para os outros.
Eu tenho que arranjar maneira de sair daqui.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Earth and Oribus: Love and War Capitulo 5

Acordei às sete em ponto com o despertador a tocar.
Vi que o lençol ainda está pendurado, o que é óptimo, dá-me tempo para arrumar umas coisas na mochila.
Levo apenas um casaco de pele para a noite, é castanho de cabedal e quentinho, levo a escova e pasta de dentes, um pente para o cabelo, uma navalha, uma arma e uma garrafa de água.
Vesti uns jeans, um top e um camiseiro por cima e calcei as minhas botas. Passei na cozinha, fiz umas sandwiches e arrumei na mochila.
Voltei para o quarto despertar o meu irmão.
Ele já não está! Não acredito que ele não me disse nada, que raiva!
Lembrei-me do Ian e fui a correr à sua barraca. Entrei com cuidado para não acordar os seus pais, ouvi um barulho e afastei  a cortina, o meu peito aliviou-se. Ele está a arrumar coisas para levar.
-Joan. – Disse não me esperando ver.
-Onde estão os outros? – Perguntei.
-Já saíram, eu vou agora. – Fui atrás de si e salientei.
-Eu vou contigo. – Ele saiu da barraca e eu fui sempre atrás de si.
-É melhor ficares.
-Tu também? – Perguntei chateada, ele virou-se para mim e perguntou.
-E se te acontece alguma coisa? Eu iria-me culpar por não te conseguir proteger.
-Fico mais protegida com vocês do que aqui. – Ele tentou protestar mas eu venci, senti isso e sorri.
-Não temos que os apanhar? – Voltei a perguntar, ele sorriu olhando para mim.
-És louca. – Fomos para a carrinha que o nosso pessoal tem escondido.
Avistei o meu irmão, ele não me esperava. Veio até a mim.
-Joan volta para lá já! – Disse chateado.
-Eu vou contigo. – Ele suspirou.
-És tão teimosa. – Subimos e saímos da colónia.
Fomos a caminho da cidade e a cada quilómetro que passamos eu fiquei ainda mais ansiosa.
A certa altura o Ian que está sentado ao pé de mim tirou algo da mochila.
-Queres? – Ele trouxe bolachas, eu tirei uma e comi com a cabeça encostada ao seu peito.
Mais tarde chegamos, a cidade está deserta, não há sinal de vida, nem se vê nenhum oribiano.
-É estranho não vermos nenhum. – Disse o Kyle.
-Devem andar por ai num canto qualquer. Vamos é despachar-nos antes que alguém apareça. – Disse o Ben metendo mãos à obra.
Eu fui ao pé do Jordan e do Ian.
Fomos a um centro comercial onde conseguimos tirar bastantas coisas. Cobertores, almofadas, roupas para toda a gente, livros, cadernos, relógios, sapatos, toalhas, champôs, sabão e entre outras coisas.
Voltamos todos cheiros de coisas para a carrinha.
-Agora temos que encontrar um supermercado. – Fomos e encontramos pessoas a tirarem coisas para si. Podemos ver que há pessoas como nós pelos seus rostos assustados, eles ficaram desconfiados.
-Mostrem os pulsos. – Disse um com a arma apontada a nós.
-Pulso? – Perguntou o Ben sem perceber.
Uma mulher agarrou no meu braço e virou-o para cima.
-São dos nossos. – Disse. Iam-se afastar mas o Jordan falou.
-Vocês sabem alguma coisa que nós devemos saber? – Um rapaz sardento alto falou.
-Os oribianos têm uma tatuagem no pulso direito, um código de barras. – Saíram todos, deixando o nosso grupo sozinho.
-Isso já é uma ajuda. – Disse o Kyle, metemos as mãos à obra e fomos buscar comida.
Depois de um bocado de tempo voltamos a encher a carrinha e saímos dali.
Voltamos a andar mais um bocado na carrinha.
Sentimos um cheiro a comida e o meu estômago roncou.
-Cheira bem. – Disse Ian salivando.
-Pode ser uma emboscada. – Disse Jordan.
-Estamos com fome Jordan. – Disse o Ben.
-Já paramos num sítio mais seguro. – Disse o Jordan e continuo a conduzir.
Depois de mais uma hora e meia a conduzir, foi o Kyle quem falou cheio de fome.
-Jordan temos fome. – Jordan lançou-lhe um olhar de poucos amigos.
Paramos a norte do centro da cidade, saímos e esticamos as pernas.
-Tem ali um Mcdonalds, pode ser que tenha alguma coisa. – Disse Kyle afastando-se, Jordan retirou uma carabina e lançou-se atrás dele.
-Raios Kyle não te afastes assim sozinho.
-Eu também vou. – Disse o Ben afastando-se.
Eu fiquei sozinha com o Ian, olhei para ele, ele parece incomodado com alguma coisa.
-Estás bem? – Perguntei.
-Não, estou apenas apertado para ir à casa de banho. – Uma vez que estamos os dois sozinhos eu afastei-me.
-Podes fazer atrás da carrinha, eu não olho. – Ele sorriu.
-Simpática. – Eu fiquei à frente a olhar à minha volta, avistei algo que me chamou a minha atenção.
O placar da cidade que transmite videoclips e anúncios de televisão está ligado mas no stop o que é muito estranho.
Lembro-me de dizerem que todos os cinco placares de cada cidade depois iram ser desligados porque seria perigoso ficar ligado, alguém podia querer fazer um vídeo para transmitir a alguém e os oribianos não gostam de tal ideia porque só iria provar que ainda tem humanos vivos.
Senti a pele de trás do pescoço a arrepiar-se e a descer ao centro das costas, um pavor apoderou-se de mim.
-Ian? – Chamei, este não respondeu logo.
-Ian? – Voltei a chamar mais assustada, fui atrás da carrinha mas ele já não está. O meu coração deu um salto. Isto não está a correr como eu queria.
Abri a porta da carrinha e tirei a primeira arma que calhou, uma revolver.
Quando fechei a porta vi o Ian a sorrir o que foi um susto, não o esperava.
-És parvo? Assustaste-me.
-Desculpa não era minha intenção, estava só a brincar.
-Não o faças. – Ele viu-me com uma arma na mão.
-O que fazes com isso na mão?
-Protecção? – Disse sarcasticamente, ele sorriu e puxou-me para si com as mãos, ele tirou a echarpe da Linda do braço porque esta cor lhe incomoda.
-Deixa-me ser eu a proteger-te. – Disse e tirou-me a arma da mão.
-Pode ser preciso. – Ele deixou-a num canto e tocou-me no rosto.
-Estava a chamar-me. – Ele ao dizer isto, lembrei-me do ecrã, olhei para o placar no arranha-céus. É estranho, à pouco a imagem era de uma mulher a falar agora é de muitas pessoas e mais uma vez no stop.
-Alguém sabe que estamos aqui.
-Porque dizes isso? – Perguntou ele, virei o Ian para o placar e apontei para este.
-À bocado era uma imagem de uma mulher agora é aquilo. – Ele olhou para mim de testa franzida.
-Tens a certeza? Não terás feito confusão?
-Eu sei o que vi.
-Temos que avisar os outros.
-Está bem eu fico aqui. – Disse-lhe, ele não deve ter gostado. Olhou para mim com os olhos arregalados.
-Eu não te vou deixar aqui sozinha.
-E deixamos a carrinha assim? – Perguntei.
-Tens razão. – Ficamos por momentos os dois à espera dos outros três.
Não estávamos à espera, a imagem desapareceu, o ecrã ficou branco e surgiu umas palavras: “FUJAM”. Eu e o Ian trocamos um olhar assustado.
-Alguém está refém. – Disse assustada. Ele agarrou na minha mão.
-Entra. – Pediu ele, entramos na carrinha e ele ligou o motor.
-Onde vamos? – Perguntei.
-Vamos buscar o teu irmão e os outros.
-E os que estão feitos de reféns? – Voltei a perguntar, ele olhou para o caminho à sua frente.
-Não sei. – Respondeu.
Fomos para perto da Drive-Thru do Macdonalds, eu sai da carrinha.
-Vou chamá-los.
-Joan não. – Saiu da carrinha atrás de mim.
-Eu fico bem. – Garanti-lhe mas não serviu de nada, ele parece não acreditar.
-Não sabes o que está ai dentro. Eles podem estar numa luta com algum daqueles doidos. – Tirei a arma do seu cinto e não lhe dei ouvidos. Quero provar que consigo lidar com isto sozinha.
-Eu sei que sou um pouco descuidada mas quero provar que sirvo para alguma coisa. – Ele fez um sorriso e abanou a cabeça.
-Grita se precisares de mim. – Olhei para ele e virei-me de costas.
-Não vai ser preciso. – Entrei com o coração aos saltos. Onde estão aqueles três?
Está um silêncio e não há sinal de ninguém.
Caminhei até que ouvi um barulho, parece ser tachos a cair, sustei a respiração por momentos e deixei as mãos firmes na arma. Serei capaz de usá-la? Tentei não duvidar da minha coragem.
Fui andando para perto da cozinha e o barulho repetiu-se.
Encostei-me junto à porta e ouvi a voz do meu irmão. Parece que tudo está bem, abri a porta e um tiro veio para perto de mim mas não me acertou felizmente.
O Jordan foi aos arames.
-És parva? Eu podia ter-te acertado. Assustei-me caramba. Porque fizeste isso? – Engoli em seco, ele pelos vistos estava muito concentrado no que estava a fazer.
-Desculpa mas pensei que vocês queriam saber que há oribianos por aqui perto e reféns dos nossos. – Eles levantaram-se sérios e olharam para mim.
-O que disseste? – Perguntou o Kyle.
-Eu vi no placar uma palavra a surgir “FUJAM”, e o Ian também. – Eles pegaram logo num saco e lançaram-se dali para fora a passos largos, o Jordan alcançou-me logo, agarrou no meu braço e rebocou-me para a carrinha.
-Temos que sair daqui. – Nesse instante ouvimos tiros e vimos cinco homens altos, vestidos de preto e de armas apontadas a nós, eles aproximam-se de nós.
-ENTRAM! – Gritou o Jordan, assim fizemos e ele pregou a fundo no acelerador.
Os tiros continuam a vir contra a carrinha, nós tivemos que nos baixar.
De repente ouvimos um estrondo e a carrinha deixou de andar, os pneus!
-Merda! – Gritou Jordan furioso, volto a ligar o motor, a carrinha voltou a andar mas mal com os pneus furados.
Ele encostou a carrinha num canto.
-Mudem tudo para aquele carro já. – Nós fizemos logo o que ele disse.
Assim que acabamos ouvimos passos, são eles.
-Eles vão ver-nos. – Disse o Kyle, eu vi a bola de basquetebol que o Ben trouxera para jogarem e tive logo uma ideia.
Tive uma ideia, peguei-a e comecei-me a afastar-me, eles não gostaram e vieram logo atrás de mim.
-O que vais fazer? – Perguntou o Ben.
-Joan pára com as tuas ideias. – Disse o Jordan.
Sei que estão todos assustados, eu também estou e se querem sair daqui com vida, vão ter que confiar em mim ou não, eu vou fazer isto mesmo que eles sejam contra.
-Tenham calma, eu sei que estou a fazer. – Meti-me do outro lado da esquina e vi dois de costas para nós, atirei a bola com toda a força que reuni, esta bateu nas costas de um, ele virou-se de lado.
Não sei o que me deu a seguir, tirei a arma da cintura e disparei contra ele, este caiu.
Eu acertei? Arregalei os olhos de espanto.
O outro olhou na nossa direcção, eu fui mais rápida que ele e disparei na sua perna, ele agarrou-se a esta.
-AH! – Gritou.
-Boa Joan, agora vamos sair daqui. – Disse o Ben, fomos para a carrinha, eu ainda não tinha fechado a porta quando o Jordan começou a guiar com força, ele virou à direita e eu desequilibrei-me e sai fora da carrinha.
-NÃO! –Gritou o Ian, o Jordan começou a fazer marcha atrás e uns oribianos começaram a vir na minha direcção.
Coloquei-me logo em pé e uma dor percorreu até à minha coxa, meti a mão instintivamente.
-Au. – Vi o Jordan a recuar, larguei-me a correr com toda a força que pude.
Os oribianos correm mesmo de pressa.
-Despachem-se! – Gritei, os oribianos estão quase a apanhar-me, tirei a arma e virei-me para eles. Comecei a disparar em todas as direcções, uns caíram e outros não, até que fiquei sem balas.
Atirei com esta para o chão com raiva e continuei a correr.
-Jordan! – Gritei, de repente o carro parou.
O que se terá passado? Dei por tudo e alcancei a maçaneta da porta, o Ian abriu e eu entrei.
Eles ficaram os quatro por momentos só a olhar para mim.
-O que foi? Eles vêm ai, despachem-se. – O Jordan reagiu e meteu o pé com toda a força no acelerador.
O Ian tocou em mim para ver se eu estou inteira.
-Foste fantástica. – Eu sorri
Andamos mas os oribianos continuam a vir atrás de nós como moscas.
-Temos que os despistar. – Disse o Kyle.
-O que fazemos? – Perguntou o Jordan, ele está demasiado ocupado para pensar.
Eu tive uma ideia.
-Temos que nos dividir, talvez assim os despiste .
-Ela tem razão, somos cinco. Jordan ficas comigo e com ela, Kyle e Ben vocês ficamos com outro carro. Um conduz e outro dispara. – Disse o Ian.
-O Kyle não sabe disparar. –Disse o Ben, estão todos com medo e nervosos.
-Cala-te, sei sim. – Disse o Kyle furioso.
-CALEM-SE! – Desta vez foi eu que gritei, eles olharam para mim. O Ian voltou a falar.
-Temos que fazer isso já. – Avistamos um carro, o Ben meteu-o logo a funcionar.
-Vemos-nos na colónia. – Eu fiquei com o Jordan e o Ian, eu fui a conduzir e eles a dispararem. Não sei quantos mataram mas eu andei sempre o máximo por não sei quanto tempo.
O Kyle e o Ben ficaram com o carro e com as coisas para abastecer a colónia e foram para lá enquanto andamos pelas ruas a fugir dos oribianos.
Eu meti-me por arvoredo, deve ser um parque ou coisa do género.
O carro parou, eu vi que é a luz da gasolina. Ficamos sem gasolina!
-Não há gasolina! – Exclamei.
-Merda! – Praguejou o Jordan.
-Temos que sair daqui o mais depressa possível. – Disse o Ian, nós saímos do carro e começamos a correr no meio das ervas espessas e árvores.
O Jordan e o Ian foram disparando, eu também ajudei tirando a arma da mochila.
-Isto não estava nos nossos planos. – Disse Jordan e disparou.
Eu ia a correr e cai num buraco sem esperar, gritei de susto.
-AH!
-JOAN! – Gritaram os dois.
Fiquei com as pernas no buraco, olhei para ver onde estava e vi ossos e uma caveira, tornei a gritar.
-AH! Tirem-me daqui. – Eles puxaram-me pelos braços e tiraram-me.
Íamos começar a correr quando quatro oribianos nos apanharam.
Um ficou a andar à nossa volta e a olhar para nós. Ele é muito alto, de cabelos muito pretos, parecem azuis à luz do sol, os seus olhos são escuros como a noite e está vestido todo de preto. A sua voz é grossa e perigosa, lançando-me arrepios pela espinha.
-Ora, ora o que temos aqui. – Olhou de um para o outro e para mim.
Nós os três não dissemos nada, eu nem acredito que fomos apanhados, está tudo acabado.
Ele foi ao pé do Jordan e ai ficou, o meu coração contorceu-se.
-O que descobrimos. – O homem tirou-lhe a arma da mão e olhou para ele. Passou com uma espécie de arma sobre ele.
O que é que lhe está a fazer? Eu tentei mexer-me mas o homem agarrado a mim não deixou.
O homem ficou com uma cara extremamente séria.
-Ele não está infectado com o vírus. – A cara do Jordan ficou sem cor, ficou branca.
-O quê? – Os outros agarrados a nós disseram em unissimo.
-Ele não representa qualquer ameaça para nós.
-Como é que isso é possível?
-Não sei. – Respondeu, voltando a olhar para o meu irmão.
-Matamos-lo?
-Não! – Deixei escapar, eles olharam para mim e eu senti o rosto a ficar vermelho.
O homem que o examinou veio para o pé de mim e passou aquele objecto assustador pelo meu rosto e peito. Ele sorriu para mim com um sorriso maldoso.
-Matem-na. – O homem que estava agarrado ao meu irmão veio-me agarrar.
-NÃO! – Gritou o meu irmão, ele foi contra os homem mas mal os atingiram, eles são tão altos.
O de cabelos pretos foi ao pé do Ian e também o examinou.
-Este também não tem o virus.
-Então não se preocupem com eles, preocupem-se com ela. – Os dois que estavam a agarrar-me, agarraram-me com mais força.
-Não, larguem-na. – Pediu o Ian, apareceram mais dois e agarraram no Ian e Jordan, para estes não atingirem os seus homens.
Começaram a afastar-se comigo.
-POR FAVOR! – Ouvi o meu irmão a dizer.
Lágrimas jorraram dos meus olhos e foram para o meu rosto.
O meu coração disparou a um ritmo tão rápido que eu pensei que ele fosse parar e dar-me uma coisa, não tenho força no copo, sinto–o fraco. Deixei cair a cabeça para a frente.
Ouvi um tiro e olhei, vi o meu irmão e o Ian a lutarem com os homens, estes caíram.
Eles começaram a correr na minha direcção.
-Larguem-me já! – Eles dispararam contra eles, eles caíram a gritar de dor e eu fiquei solta, comecei logo a fugir com o Ian e o Jordan, íamos a virar a uma esquina e um muito alto agarrou-me.
-Para onde vais querida? – Começou-se a rir o que me assustou.
Vi que os rostos do Jordan e do Ian ficaram sem ar, o oribiano apontou a arma à minha cabeça.
-Vocês mataram os meus, eu mato-a.
-Por favor mate-me a mim. – Pediu o Jordan.
-N-não. – Solucei.
Vi que apareceram mais dois, apontaram contra nós e passaram-nos aquela máquina horrenda.
-Estes dois não estão infectados. – O oribiano agarrado a mim apertou-me contra si.
-Esta está. – Os homens ao pé do Jordan e do Ian empurraram-nos.
-Vão se embora antes que mudemos de ideias.
-Eu não vou sem a minha irmã. – Senti a misericórdia e o medo na voz do Jordan o que me fez chorar mais.
Porquê? Porque isto tinha que nos acontecer? Porque é que eu estou infectada com o não sei o quê e eles não? Porque é que eu tenho que morrer? Eu só quero viver nem que seja sempre na colónia mas eu quero viver, estar com o meu irmão, ver as crianças a sorrir, a luz do sol e ter o amor do Ian. Eu preciso de viver, não quero mesmo ter que morrer.
Mas o que é que eu faço? Este oribiano/homem, forte e grande está agarrado a mim e está determinado a acabar comigo.
-Não, eu não vos vou deixar matá-la. Ela não merece! – Disse o Ian muito chateado e nunca o vi assim.
-Acho que vamos mudar de ideias Victory. – Disse um deles agarrado a mim, eu gritei.
-NÃO! Levem-me a mim e deixem-los viver. – O Ian e o Jordan olharam para mim com um ar triste.
Foi a melhor decisão que eu tomei.
Eu não seria capaz viver sem nenhum dos dois, prefiro que me levem a mim.
-Muito bem querida. – Eu engoli em seco, odeio ouvir ele a chamar-me de querida, é repugnante.
-P-posso ao menos despedir-me? – Pedi com custo.
Ele respondeu soltando-e apontando a arma a mim.
Eu fui ao pé do Ian e abracei-o com força, senti os seus braços a abraçarem-me com força e possessibilidade, eu não quero deixar de ter os braços à minha volta, quero sentir a sua doçura, ter a sua atenção. Ele disse que gosta de mim e eu quero estar com ele e ter o seu amor.
Chorei no seu peito, as suas mãos passaram pelas minhas costas e cabelo, ele falou ao meu ouvido.
-Eu amo-te, não te esqueças disso. – Deu-me um beijo no rosto, eu dei-lhe outro e nesse momento senti que eu tenho que dar tudo por tudo para viver, posso não ter a altura e a força dos outros mas tenho inteligência. Só preciso usá-la com determinação.
Falei aos seu ouvido baixinho.
-Eu prometo-te que me vais voltar a ver na colónia. Eu vou voltar. – Olhamos-nos , ele sorriu e eu vi uma pequena felicidade no fundo dos seus olhos.
Eu fui ao pé do Jordan, ele abraçou-me despedaçado.
-Não Joan, não. – Falei ao seu ouvido.
-Calma, eu vou voltar. Prometo. – Ele olhou confuso para mim.
-O que… - Tive que o interromper antes que os outros dêem por isso.
-Vão. – Pedi, o Ian agarrou no Jordan e levou-o com dificuldade, senti a dor no coração.
Que vou fazer sem eles? Sozinha sou quase insignificante. E se eu não me consigo safar?
Eles agarram-me logo e levaram-me dali.
Vi que eles me levam para o edifício onde tem o ecrã.
Quando cheguei deixaram-me numa grande sala com janelas por todo o lado com vista sobre o centro do Texas, vi pessoas sentadas no chão a olhar-me com receio.
Uma levantou-se e veio muito devagar ao pé de mim.
-És dos nossos? – Olhei para a rapariga há minha frente e vi que ela está tão assustada quanto eu.
É mais ou menos da minha altura, talvez um pouco mais baixa, cabelos ruivos ondulados e desguedelhados, magra e com roupas meias sujas e gastas.
Eu acenei com a cabeça, ela sorriu.
-Anda, podes-te sentar ao meu lado. – Fui consigo.
Olhei para as pessoas e de repente senti uma necessidade de chorar, assim fiz e deixei-me cair no chão. A rapariga e mais duas pessoas vieram ao pé de mim.
Uma mulher mais velha tocou-me no rosto.
-Tem calma querida. Como te chamas? Está tudo bem. – Ela embalou-me nos seus braços, isto fez-me lembrar da minha mãe.


domingo, 23 de março de 2014

Earth and Oribus: Love and War Capitulo 4

Acordei na manha seguinte, ouvi o Jordan a tirar o lençol.
-Está na hora de acordar Sunshine. – Vi que o Ian já ali não esta com o computador, vi apenas um papel com o meu nome: “Joana obrigado pelo beijo e o abraço, Espero ter mais. Amo-te, Ian”. Dobrei o papel.
-O que é isso? – Perguntou o Jordan.
-Nada. – Respondi logo, ele saiu e eu arrumei a nota debaixo da almofada.
Eu adormeci com a roupa do dia anterior, mudei por outra e sai para tomar o pequeno almoço.
Vi um monte de gente há volta da mesa, parecem muito animados.
-O que se passa? – Perguntei ao aproximar-me, vi que há pai, sandwiches feitas, café, leite com chocolate, cereais, bolachas e outras coisas. De onde veio isto tudo de repente?
Vi o Kyle e o Ben a serem aplaudidos, fui ao pé deles e perguntei:
-Vocês sabem de onde apareceu tudo isto?
-Sim, fomos nós e o Ian. Partimos ás seis da manha e encontramos isso perto de um carro de oribianos. Não fizemos nada de especial. – Disse o Kyle a sorrir, eu senti um arrepio.
-Não, o Ian magoo-se porque o oribiano tentou matá-lo mas nós impedimos e acabamos por matar o oribiano. – Disse o Ben mais sério.
-O Ian magoo-se? – Perguntei assustada e afastei-me a correr para a barraca dele, não esperei pela resposta dele e fui até ao Ian.
Entrei sem bater, ele viu-me, não me esperava e virou-se de costas para mim.
-Credo que susto. Devias ter batido à porta. –Não liguei ao que ele disse e fui até ele preocupada e assustada com o que posso ver a qualquer momento.
-O Kyle e o Ben contaram a loucura que vocês foram fazer, disseram que te magoaste. Deixa-me ver isso. – Ele tentou tapar o braço mas eu não deixei, vislumbrei um corte no ante-braço esquerdo, não é muito grande e profundo mas é o suficiente para dar uma dor de cabeça.
-Isto não é nada. – Disse ele, eu olhei para si.
-É sim. Ficaste louco? Não faças mais isso, assustaste-me. – Ele sorriu e puxou-me para si.
-Assustei-te.
-Sim. – Ele tocou-me no rosto.
-Gosto de saber que significo algo para ti.
-Ian não comeces .
-Não estou a começar nada. – Eu fui buscar o quit de socorros e tratei da sua ferida, no fim meti um penso.
-Estou como novo. – Disse mexendo o braço.
-Tem cuidado para não arrebentar com os pontos. Tens que prender o braço ao peito para evitar movimentos bruscos. – Procurei algo e vi que há uma echarpe cumprida da Linda, serviu e eu meti ao seu pescoço.
-Tem que ser cor de rosa? – Perguntou, eu olhei seriamente para si.
-Não estás em posição de refilar. – Ele sorriu.
-Obrigado. – Voltamos juntos para fora e comemos cereais com leite, algo que eu não comia há muito tempo atrás.
Mais tarde fui há procura de amoras com a Lyn.
-Tu e o Ian estão juntos? – Perguntou sem eu esperar, levantei a cabeça mas não me virei para si. Porque raio ela fez esta pergunta?
-Porque perguntas isso?
-Porque vos vejo muito tempo juntos. – Não vou comentar a sua afirmação que é verdade. Eu não sei o que dizer ou fazer. O Ian diz gostar de mim mas eu não sei o que sinto. A minha vida já não é o que era, agora é tudo tão diferente e eu ainda não estou psicologicamente bem, eu ainda estou muito confusa com tudo o que tem acontecido.
Peguei no cesto com as amoras e voltei para a colónia.
Deixei o cesto na cozinha, a Sarah veio ter comigo e tocou-me no ombro, ela está a sorrir.
-Vejo bastantes amoras. Tens bom olho. – Eu sorri.
-Eu entrei para a universidade na área da nutrição. – Ela tornou a sorrir.
-Isso é bom. Ias tirar nutricionismo?
-Não mas era uma vertente. Na verdade eu entrei em várias, uma delas era ciências e comunicação e nutricionismo. Fiquei pelas ciências e comunicação. Fiz um ano e ia tirar a especialização de jornalismo. – Ao dizer isto percebi que tenho saudades do que fazia e o meu sonho era o jornalismo e até continuar a ser de certa forma.
-Que giro. Terias dado uma boa jornalista. – Eu sorri e agradeci.
-Obrigada.
-Eu acredito na minha mãe. – Olhei e vi o Ian, sorrimos e ele veio para o pé de mim, vimos Sarah a lavar as amoras, o Ian começou a tirar uma e depois outra.
Quando ia tirar a terceira Sarah deu uma leve palmada na sua mão.
-Deixa as amoras. São para fazer uma compota.
-Pronto está bem. – Disse e veio até a mim. Pegou na minha mão e saímos dali.
Fomos para fora da colónia.
-Onde me levas? – Perguntei, eu prometi ao Jordan não me afastar mais, mas como estou com o Ian deduzo que não há problema em afastar-me, não estou sozinha.
-Já vais ver. – Disse.
Fomos dar a uma colina que tem uma vista linda sobre o arvoredo de Texas e ao longe pode-se ver um pouco dos grandes arranha-céus que fica na cidade.
-Descobri isto há três dias. É fantástico, sentei-me aqui a olhar para tudo isto e a imaginar-nos de novo nas nossas casas. Era tão bom. – Sentou-se e ficou a olhar para a cidade, não se vê carros nem radares ou os policias com os seus apitos estridentes e musica pelas ruas.
Também me sentei perto dele e vi como ele guarda tanta tristeza e magoa dentro de si.
Toquei na sua mão com cuidado, peguei e meti-a no meu colo, ele deixou e eu encostei a cabeça no seu ombro.
Senti-o a ver-me pelo canto do olho e a sorrir.
-Eu acredito que um dia vamos voltar ás nossas vidas, eu não perco a esperança e tu também não devias perder. – Os seus dedos acariciaram a palma da minha mão e os seus olhos estão postos em mim.
-Tens razão mas ás vezes é difícil. – Disse-me.
-Eu compreendo. – Levantei a cabeça e olhei-o nos seus olhos. – Eu compreendo mas nós temos que ser fortes. – Voltei a dizer.
-Eu consigo ser forte, por ti. – Disse e aproximou o seu rosto do meu e encostou a testa na minha.
-Ian… - Comecei mas não terminei. Acho que o Ian começa a mexer comigo.
Ele interrompeu-me e declarou-se
-Eu gosto tanto de ti. – Os seus lábios vieram aos meus e ouve beijo.
É calmo e urgente ao mesmo tempo e também víciante. A sua respiração é mais acelerada do que a minha.
-Ian… - Ia falar mas ouvimos um barulho, ficamos assustados e levantamos-nos.
O meu coração disparou, saímos dali com cuidado, vi o Ian a tirar uma navalha do bolso das calças.
-Quem está ai? – Tornamos a ouvir o mesmo barulho. Eu sou capaz de ter um ataque de coração aqui, está disparado e acelerado por causa do susto, o Ian meteu-me atrás de si.
Continuamos a ouvir um barulho mas não vimos nada.
De repente do nada saiu o Ricki, um miúdo de dez anos da nossa colónia, vive numa barraca com os pais.
O Ian arrumou a navalha, o Ricki está a rir-se e é inofensivo, nós respiramos de alivio.
O Ian pegou no miúdo.
-O que fazes aqui? Isto não é para miúdos.
-Mas vocês estão aqui. – Disse Ricki na sua voz de criança.
-Pois mas nós já somos crescidos. – O Ian tem mesmo jeito, acho que ele daria um bom pai.
Voltamos para o pé dos outros.
O resto do dia passou normal, fiquei com o Ian na sua barraca a ver um filme num site online no seu computador portátil.
Já era de noite quando saímos para jantar.
-O que é que vocês estavam a fazer? Não vos vi. – Disse a mãe do Ian, Sarah que está a meter os pratos na mesa.
Eu e ele trocamos um olhar.
-Estávamos na minha barraca a jogar ás cartas. – Disse o Ian, Sarah sorriu apenas e continuo o trabalho, Linda também está a ajudar a mãe, Margret, Sheila e Nancy olham para mim com uma cara demasiado séria. Não percebi bem porquê, elas nunca fizeram isto antes. Não liguei mais e fomos todos para a mesa comer.
Mais tarde o grupo habitual juntou-se ao pé da fogueira do costume.
O Jordan e o Ben falaram.
-Tivemos uma ideia hoje de manha e quisemos partilhar com vocês. Estamos a pensar sair por uns dias há procura de coisas para nos abastecer. Comida enlatada, peixe, carne, gelados e essas coisas. Também roupas para todos, livros, alguns cobertores para o Inverno e mais algumas coisas extras. Espalhem a palavra ao pessoal e façam uma lista de coisas que precisam. – Todos acenaram, o Ben olhou para o Ian.
-Vens?
-Sim, contém comigo eu quero ir. – Respondeu.
-Boa, precisamos de ti. – Disse o Jordan. Estão eles a pensar ir sem mim? Não deixo o meu irmão sozinho, nunca, foi uma promessa que fizemos e também o Ian significa muito para mim. Eu tenho que ir se não eu não fico bem e descansada.
-Eu também vou. – Acrescentei.
O Ben e o Kyle começaram-se a rir.
-Era só o que mais faltava, levar uma rapariga. – Disse o Kyle.
-Qual é o problema? – Perguntei.
-Nem penses. – Disse o Jordan seriamente.
Levantou-se e começou a andar para a nossa barraca, eu fui atrás de si.
-Jordan… - Comecei mas ele interrompeu-me.
-Não, é a minha resposta. Não insistas. – Entramos na barraca.
-Eu vou sim e vou insistir quer queiras ou não. – Ele virou-se para mim com a mão direita no ar, é um vicio seu que ás vezes irrita-me tanto e ele nem imagina o quanto.
-Joan… - Desta vez foi eu quem interrompi a sua palavra.
-Não! Nós prometemos-nos que nunca iramos-nos afastar. Se um vai para um lado o outro vai atrás. Portanto eu só estou a cumprir.
-Isto é diferente, eu volto. – Começou.
-Promessa é promessa. – Eu estou empenhada em cumprir o que prometi.
-Eu sei mas aqui estás salva e protegida, eu não quero que te aconteça nada. – Disse suspirando, ele olha-me com uns olhos preocupados e eu não quero que ele fique. Logo que eu esteja consigo eu estou bem e ele não tem que se preocupar. Estou debaixo da sua vista, logo ele pode me controlar e não me acontecera nada.
-Mas não me vai acontecer. Se eu estiver contigo eu estou bem. – Voltei a insistir. Quando quero consigo ser bem teimosa.
-É melhor não. – Mas ele também não fica atrás, a sua teimosia não fica longe da minha.
-Qual é o mal? No outro dia estive quase a ser violada e estava perto daqui e quem é que me salvou como sempre? Tu.
-Exactamente. Se estiveres aqui com estas pessoas nada te vai acontecer. Se estiveres connosco é mais provável de te magoares, eu vou estar ocupado.  – Torci o nariz com a sua teimosia.
-Mas eu sei cuidar de mim. – Voltei a dizer. Que mais tenho de fazer para ele ceder? Implorar aos seus joelhos?
Ele riu com o que eu disse e olhou-me com desdenho.
-Vê-se. – Disse. O que quer ele dizer? Não fui capaz e disse o que pensei.
-Eu sei cuidar de mim e vou-te provar. – Disse e sai dali para fora furiosa.
A fogueira está quase apagada e as pessoas quase todas já se foram embora para as suas barracas e quartos. Só o Ben e o Ian continuam ali.
-Tu não podes vir connosco. – Disse o Ben. Aproximei-me de si zangada e séria.
-Porquê?
-Porque tu só atrais sarilhos. – Agora é que as “tampas” soltaram-me.
Quem é que ele pensa que é para me dizer uma coisa dessas? Dizer que eu só atraio sarilhos? Que grande parvo ele é, fiquei ainda mais zangada.
-Estúpido! Mas eu vou à mesma. – Sai dali a passos largos, ouvi o Ian a vir atrás de mim.
-Joan espera. – Agarrou no meu braço.
-Larga-me. – Não serviu de nada, ele virou-me para si.
-Primeiro tem calma e depois falamos. – Disse-me, eu respirei fundo e olhei para ele.
-Ele disse que eu só atraio sarilhos. – O Ian pegou no meu rosto e não sei porquê mas fiquei mais calma com o seu toque.
-Não atrais nada e se queres tanto ir quem sou eu para dizer não? – Eu sorri e abracei-me a ele.
-Vais precisar de mim. – Disse-lhe sorrindo contra si. Senti os seus lábios na minha cabeça.
-Eu sei que sim. – Por momentos ficamos assim juntos e depois voltamos para as cabanas.
Programei o despertador para acordar mais cedo e deitei-me a dormir


domingo, 2 de março de 2014

Earth and Oribus: Love and War Capítulo 3

Ian
Ian antes de chegar aquela colónia, estudava numa universidade, era um rapaz calmo e um pouco metido consigo. Com toda aquela guerra, ele fugiu com a família e a irmã para uma colónia.
No princípio não foi fácil para si adaptar-se a um meio totalmente diferente daquele que ele vivia. Ele já não tem um quarto só para si, uma casa de banho e todas as regalias que tinha. Agora ele tem que dividir tudo com outras pessoas o que não foi fácil para si.
Ian é uma boa pessoa, calmo, querido e já não é tão apático como era, ele aprendeu a reagir mais depressa.
Ian tem 25 anos, é alto, tem cabelos escuros e uns olhos azuis claros que fazem qualquer rapariga suspirar por si.
Há três raparigas na colónia que gostam dele, quando elas o vêem  sorriem, dizem olá e fazem-lhe olhinhos.
O Ian gosta e sente a sua auto-estima mais elevada mas a rapariga que ele gosta não olha para ele.
Iam chegou ali nos fins do ano 2071 e em 2073 conheceu uma rapariga que ali chegou. Ela é morena, os seus cabelos são castanhos escuros com umas madeixas, os olhos são castanhos, tem 1.60 e tem um corpo robusto e curvilíneo, é uma rapariga com um grande coração, um belo e contagiante sorriso, é meiga, querida e gosta de ajudar os outros.
Ela chegou com o irmão há colónia, ele ficou logo amigo de Jordan e agora são melhores amigos e a sua irmã Joana é o amor da sua vida.
Joana ficou amiga de Linda que é sua irmã, Ian também é amigo de Joana e gosta da sua amizade mas gosta dela e não consegue a tirar da cabeça.
Ian passou um susto quando pensava que ela estava a ser raptada ou violada. Ele foi com o Ben, Kyle e Jordan atrás dos rufias, graças a Deus que ficou tudo bem e Joan voltou são e salva.
Levaram-na para a sua barraca, Linda foi ter com ela e mais tarde saiu, foi ter há zona da cozinha. Ian viu a irmã a aproximar-se com uma caneca a dizer: “I love New York”.
-Como é que ela ficou? – Perguntou ele. Linda olhou para o irmão com um pequeno sorriso, ela sabe que o irmão gosta da sua amiga e não foi preciso Ian dizer-lhe, Linda conhece o seu irmão muito bem.
-Ela está mais calma, bebeu o chá e agora ficou a dormir um pouco. – Ele sorriu contente por Joan estar bem.
Mais tarde Linda, Sarah (sua mãe), as três raparigas que gostam de Ian (Lyn, Sheila e Nancy) e a Senhora Margret fizeram o jantar.
O Ian e o Jordan apareceram.
-Cheira bem. – Disse Jordan. Sarah entregou os pratos a Jordan.
-Mete-os na mesa. – Pediu ela. Ian tentou depenicar mas Linda não deixou.
-Não Ian.
-Então porquê? – Linda meteu um pouco de sopa de feijão numa tigela de barro antiga.
-Leva à Joan . Ele deve estar a acordar. – Ele não esperava mas ficou feliz por ter uma desculpa para a poder ver.
Ele sorriu.
-Está bem. – Linda meteu uma colher e Ian levou há cabana de Joan.

Joan
Acordei com um cheirinho bom e uma presença, virei-me para o outro lado e vi o Ian com os seus olhos azuis sobre mim. O seu rosto parece ser de um ursinho bebé, eu sorri e sentei-me.
-Trazes-me alguma coisa? – Perguntei, ele sorriu e aproximou-se mais de mim.
-Trouxe-te o jantar. – Peguei na tigela pequena que cheira a sopa, cheira a feijão e a carne.
-Obrigada. – Comecei a comer, eu devia estar cheia de fome. Ao comer senti o meu estômago oco a ficar preenchido com esta sopinha quentinha.
Senti os olhos do Ian a olhar para mim atentamente enquanto eu comia.
Comi tudo devagar, senti-me quente e cheia.
-Muito bom e tu não comes? – Perguntei.
-Vou já. – Sorriu, eu também retribui o sorriso.
-É melhor te adiantares antes que fiques sem nada. – Disse-lhe.
-A Linda guarda-me sempre um pouco. – Disse, eu limpei a boca com um papel, ele viu e levou a mão ao canto da minha boca sem eu esperar.
-Estavas suja. – Olhei para ele, os seus olhos estão fixos em mim e muito bonitos.
Sempre achei o Ian bonito e bom demais para mim. Ele é muito bom, tem bom coração, não é egoísta, gosta de ajudar todos, é querido com os mais pequenos, é meu amigo. Ele tem tudo o que uma rapariga precisa neste momento.
A Lyn, Nancy e Sheila gostam dele, ele daria um bom namorado para qualquer uma delas. Para mim não, eu sou só sua amiga e tenho um carinho especial por ele. Não gosto dele com a Lyn mas sinto um frio no estômago quando o vejo, posso ter uma paixoneta ou uma atracção por si mas é só. Se eu quisesse namorar, ele não me iria querer, eu sou sarilhos, ando sempre metida em algo e não sou boa companhia para ninguém.
Ficamos por momentos só a olhar-nos. Ele aproximou-se do meu rosto mas eu afastei-me do seu.
-Que se passa? – Perguntou-me, eu olhei para ele com o rosto afastado.
-O que estavas a fazer? – Perguntei nervosa.
-Est… - Calou-se e baixou a cabeça.
-Ias-me beijar? – Não fui capaz de me conter, as palavras simplesmente simplesmente saíram. Algo no meu fundo me diz que ele me ia beijar.
Ele não esperava tal pergunta vinda de mim e nem eu esperava. Eu aparento ser um pouco tímida e metida comigo mas não sou, em tempos fui mas agora a vida é outra e eu tive que mudar. Agora eu aproveito a vida e vivo o presente sem esperar pelo futuro, antes tinha medo de falar e me defender mas agora não é assim, eu quero viver, tenho que me saber defender apesar do medo ficar sempre.
Ele olhou para mim com o ar surpreendido.
-E… eu… - Tentou falar. Eu fui até ele e peguei nas suas mãos.
-Ian por favor fala. – Ele olhou para mim.
-Não consigo. – Tive pena dele, o Ian é tão boa pessoa, quando o conheci ele era extremamente metido consigo e tímido mas agora está melhor apesar de ainda ser assim. Faz-me lembrar de como eu era antes de ter esta vida.
Apertei as suas mãos nas minhas e falei com uma voz doce e delicada.
-Consegues sim. Ian esta vida já não é como era, não tenhas medo de falar, sé tu mesmo e não penses no que os outros pensam de ti, eles estão mais preocupados consigo do que contigo. – Ian sorriu, os seus dedos vieram para as palmas das minhas mãos.
-Isso ajuda.
-Vive a vida, faz como eu. – Ele riu.
-Isso não, se não ia estar sempre em sarilhos. – Eu sorri, ele tem razão.
-Tu percebeste.
-Sim. – Ouvi o Jordan a entrar.
-A Linda tem uma tigela de sopa Ian. – Disse o Jordan.
O Ian olhou para mim e levantou-se.
-Volto mais tarde. – O Ian saiu e o Jordan veio-se sentar no lugar onde o Ian estava sentado.
-O que estava ele a fazer? – Perguntou-me.
-A fazer-me companhia.  –O Jordan sorriu.
-Muito bem. – Ficamos por momentos em silencio, eu encostei a cabeça no seu ombro.
-Jordan? – Chamei.
-Sim?
-Estás zangado comigo? – Ele tocou-me na cabeça.
-É claro que não, contigo nunca. És tudo o que me resta. – Sorri de felicidade.
-Ainda bem, fico feliz. – Ficamos mais um pouco em silencio. Ele depois falou algo que eu não esperava.
-O Ian engraçou muito contigo. – Levantei a cabeça e olhei para ele.
-O que é que isso tem? – Perguntei desconfiada, Jordan riu por momentos.
-Acho que ele gosta de ti. – Dei um toque no seu braço.
-Não digas isso. – Rimos
Mais tarde sai da barraca, o anoitecer chegou e estão muitas pessoas sentadas ao pé de uma fogueira, eu fui-me juntar a eles, fiquei perto da Linda e da Nancy. Ficamos todos a conversar e o Ian também se juntou a nós.
Era uma da manha quando resolvemos dar a sessão por terminada.
Ia para a minha barraca quando o Ian apareceu com um computador portátil debaixo do braço, olhei admirada.
-Isso é o que eu estou a pensar? – Ele sorriu e respondeu:
-Sim, descobri uma coisa, anda. Eu mostro-te. – Entramos para a barraca. O Jordan já está a dormir no seu canto, o lençol que divide a barraca já se encontra metido.
Fomos para o meu canto, ascendi um pequeno candeeiro, ele ligou o computador.
-Descobri que há por aqui electricidade. Deve ser um posto abandonado, consegui ligar o computador a essa rede. Pode navegar na Internet. Fui ao facebook e descobri milhares de pessoas vivas. Há movimentos na Internet. – Trocamos um sorriso.
-Isso é óptimo. Ian tu és um génio. – Ele pareceu corar.
-Obrigado. – Tivemos no seu facebook e vimos fotografias dele naquela altura em que o planeta ainda não tinha sido invadido pelos oribianos.
-Onde vivias? – Perguntei.
-Boston e tu? – Engoli em seco antes de responder.
-Seattle. – Ele olhou para mim.
-Vivias longe e no entanto estamos tão perto agora. – Disse e aproximou o seu rosto do meu e olhou para os meus lábios. Eu não resisti e fiz o mesmo.
-Pensei que te fosse perder hoje. – Sussurrou junto de mim.
-Eu estou aqui. – Sem eu esperar o Ian beijou-me. Foi um beijo pequeno, eu tive que me afastar.
-Ian nós não podemos.
-Porquê? – Perguntou desiludido.
-Porque tu não gostas de mim. – Respondi.
Ele aproximou-se de mim de novo.
-Quem disse isso? – Perguntou com os seus olhos muito azuis atentos ao meu rosto.
-Eu. – Assim que lhe respondi ele abanou a cabeça.
-Isso é mentira, eu gosto de ti desde o dia que aqui chegaste. – Isto eu não sabia. Será mesmo verdade ou necessidade de ter alguém?
-Ian…
-É verdade. – Pegou no meu rosto e virou-me para si.
-Dá-me uma oportunidade. – Eu tive que abanar a cabeça, ele não esperava e ficou um pouco triste.
-Porquê? – Perguntou com o olhar triste, o que me partiu o coração.
-Porque não quero que nenhum de nós se magoa. Pode-nos acontecer alguma coisa a qualquer momento e eu não quero que tu ou eu sofra. – Desta vez foi ele quem abanou a cabeça.
-Não nos vai acontecer nada. Eu não deixarei, farei de tudo para te proteger. – Disse e abraçou-me com medo de eu escapar, eu deixei-me ficar no seu abraço quentinho.
Não demos por nada e adormecemos juntos.


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Earth and Oribus: Love and War Capitulo 2

Estou a fugir de uns bandidos que resolveram pregar uma partida.
Eles não fazem parte da minha colónia. São apenas uns bandalhos que andam por ai a pregar sustos ás pessoas e eu fui uma delas.
Cai sobre um monte de ervas e ramos de árvores mas levantei-me logo e continuei a correr. Porque é que resolvi explorar o mato? Porque não fiquei sossegada num canto? Tinha que ter a ideia brilhante de sair por ai e apanhar com três bandidos.
As pessoas ou algumas delas viraram doidas desde que esta guerra se abateu sobre todos nós e estes bandidos devem ser uma delas.
-Anda cá queridinha. – Disse um. Continuei a correr com toda a força até que avistei a minha colónia.
-JORDAN! – Gritei, vi o meu irmão a trabalhar, está a cortar lanha para o Inverno porque este está a chegar.
Avistei o Bem, nosso amigo.
-BEN! – Gritei. Quando estou prestes a chegar cai. Senti os três rapazes atrás de mim.
-Apanhamos-te. – O mais alto apanhou-me e agarrou-me pelo braço.
Fui forçada a levantar-me.
Ele agarrou os meus braços e ficou atrás de mim.
-Que fazemos com ela Erik? Alguma ideia Sean? – Os dois agarrados em mim riram-se com um sorriso doentio.
O mulato aproximou-se com uma espingarda e com a ponta tocou-me no peito e foi descendo devagar, até aos seios, estômago, barriga e por fim o meu intimo, ele parou ai e foi olhando para mim.
-Hum. Matá-la seria um desperdício. – Disse ele olhando para mim de uma maneira que fez o meu estômago dar uma volta.
O outro atrás do mulato veio até há frente, este é o mais baixo, é de pele morena, olhos e cabelos escuros.
-Acho que devíamos levá-la connosco e fazê-la nossa. – O rapaz atrás de mim falou ao meu ouvido em voz alta para os outros provocando-me medo pelo corpo.
-Acho que é uma óptima ideia. – Tentei-me soltar.
-Por favor larguem-me! – Supliquei a chorar, o mulato falou.
-Não me parece querida. – Tocou-me com a ponta da espingarda no peito e desceu até aos meus seios.
Eu fechei os olhos com força, eu não quero pensar, nem ver o que pode vir a seguir.
-Que tal se a provássemos antes de a levar? – O rapaz atrás de mim falou de novo.
-Parece-me bem. Acho que vou adorar experimentar e levar.  – O rapaz agarrado a mim começou-me a levar para longe dali.
Vi a minha colónia a afastar-se da minha vista. Vi o Jordan e lembrei-me de gritar.
-JORDAN!!!
-Calada. – O rapaz tapou-me a boca e levaram-me para perto de uma árvore. O rapaz atrás de mim falou.
-Primeiro sou eu. Aguenta-a aqui Erik. – O mulato agarrou-me e o moreno mais alto aproximou-se de mim. Senti o seu hálito a fumo junto do meu rosto, as suas mãos vieram até ao cós das minhas calças e vi os seus olhos famintos a olharem-me.
-Não, por favor. – Supliquei.
-Não me parece querida. – Ele tirou uma navalha e eu senti as pernas fraquejarem. Ele passou a navalha pela minha roupa e ameaçou rasgá-la.
Ouvi um estrondo e vi o Ben e o Jordan, Kyle e Ian. Eles lançaram-se a eles.
O que estava agarrado em mim largou-me e começou a fugir, eu cai no chão, o Kyle, Ian e Ben foram atrás dele.
O Jordan veio até a mim, eu levei uma mão há cabeça.
-Estás bem? – Olhei para o Jordan assustada e abracei-o aliviada.
-Graças a Deus apareceste.
-Ouvi o meu nome ao longe e vim ver o que se passa. Algo me dizia que não estava bem, então pedi ao Ben e ao Ian para vir. – Ele ajudou-me a levantar e olhou-me.
-Eles fizeram-te alguma coisa?
-Não, vocês vieram a tempo. – Vimos o Ian, Kyle e o Ben a voltar.
-Então? – Perguntou o meu irmão, o Ian veio até a mim a passos largos e abraçou-me sem eu esperar. Ouvi o Ben.
-Pregamos-lhe um susto valente, eles não voltam. – Comecei a perder o ar, o Ian não me larga e está-me a apertar.
-Ian… Por favor larga-me.
-Estás bem? – Perguntou ele soltando-me.
-Sim estou. – Respondi. O Jordan veio ter comigo e colocou o braço por cima dos meus ombros.
Quando chegamos há colónia eu fui para a minha barraca. A irmã do Ian apareçeu , a Linda, a minha melhor amiga desde que eu aqui cheguei.
Ela faz um chá para eu me acalmar.
-Então o que aconteceu? – Engoli um gole e respondi.
-Resolvi dar uma volta lá por cima e uns rapazes apareceram sem eu esperar. Pregaram-me um susto, tentaram-me violar e eu tentei fugir. – Ela ficou com uma cara enrugada e pegou na minha mão desimpedida.
-Que horror, deve ter sido cá um susto. Ainda bem que o teu irmão, Ben, Kyle e Ian apareceram.
-Pode querer. – Ficamos por momentos sozinhas e em silencio, o meu irmão apareceu.
-Então como é que ela está? – Perguntou ele.
-Bem, está mais calma. O chá vai-te dar sono, é melhor dormires um pouco. – Disse Linda, eu sorri e agradeci.
-Obrigada Linda. – Ela deu-me um abraço e saiu.
-Volto mais tarde, adeus. – Saiu.
Fiquei com o meu irmão, este sentou-se no chão e ficou a olhar para mim.
-O que te deu Joan? Querias-te matar? – Olhei para ele.
-E… eu só queria sair um pouco daqui, eu precisava.
-Andar fora daqui é perigoso. Quase que me mataste de susto. – Ele disse a palavra matar o que é uma tortura para mim.
Primeiro os nossos pais, depois as guerras, a Era e agora isto. Abracei-me a ele com força.
-Não digas isso Jordan, por favor. – Ele agarrou-se a mim.
-Desculpa, a sério, desculpa. – Eu soltei-me dele.
-Prometo que não me afasto mais daqui. – Ele sorriu, levantou-se e deu-me um beijo na testa.
-Espero bem que sim. – Ele saiu, abri a boca de sono, encostei-me há almofada e adormeci.